domingo, 27 de abril de 2008

Shopping, Shopping, Shopping

Eram 16:58 eu estava em casa quando tocou meu celular, olhei rapidamente e vi que era o Marcelo me ligando, como havíamos programado pra sair às 17:oo em ponto para irmos até Rivera, eu já sabia qual era o motivo da ligação. Obviamente não atendi, fechei minha mala peguei todo meu equipamento para viagem, fui até a garagem, prendi tudo na moto e saí correndo em direção ao posto BR que era o local combinado para sairmos.



Até então não estava assim tão atrasado pois eram 17:10 e eu já tinha terminado de abastecer a moto. Tiramos a foto tradicional de saída e 17:20 caímos na perimetral rumo a BR-116 sentido Eldorado do Sul. Esta foi a primeira viagem longa da Sportster do Giovani, e também a primeira dele com o Red Riders, teste duplo, se aguentava ao tranco de uma tocada 320km até São Gabriel e se aguentava a pegação de pé, encheção de saco e o trato nada fino que tem sido as nossas viagens. Aliás só quem vai sabe como é a coisa.





Saindo da Perimetral, logo que entramos na R. Dona Margarida, que dá acesso à ponte do Guaíba me lembrei que havia esquecido os documentos da moto (ô correria), como não dá pra arriscar sair sem este item, tive que voltar em casa para buscá-lo enquando o Marcelo e o Giovani ficaram esperando na Moto Shop na Farrapos. Não adiantava correr o negócio era relaxar, iríamos pegar noite mesmo na estrada.

Saímos da Moto Shop às 18:00, combinamos uma tocada um pouco mais forte do que estamos habituados, iríamos manter a velocidade entre 110 e 120klm/h sempre que fosse possível. Uma velocidade adequada para viajar é um ponto que considero fundamental, se a tocada for lenta, a viagem vai ser cansativa, se for extremamente rápida (esportiva) para nossas motos, lembrando que não estão equipadas com pára-brisa, também.

Chegamos a rodar alguns trechos até 140 km/h, até que vai bem, porém o consumo das motos aumenta consideravelmente, e isso para as Sportsters é muito ruim, já que elas tem um tanque de combustível menor. Nossa conclusão é que a melhor tocada está entre 110 e 120 km /h, para ultrapassagens podemos chegar a 130 km/h



A faceirisse da foto acima, durou os primeiros 140km. Logo após passarmos o pedágio em charqueadas, dava pra observar os relâmpagos à frente que anunciavam chuva. A previsão de chuva era pra sábado e não pra sexta, achei que os relâmpagos estavam anunciando isso. Errei, logo que passamos Pantano Grande começou uma chuva fraca, que durou uns 10km. Eu estava programado para parar no paradouro no trevo de Cachoeira do Sul (160km de Poa) de repente o Giovani que estava atrás na formação deu sinal de luz e se aproximou pedido para parar no próximo posto. Ele precisava colocar uma roupa de chuva e eu também queria colocar a lona na minha bagagem.



Foi a maior dentro, paramos num postinho 5km antes do local programado, logo que deslogamos as motos veio o temporal, era muita, mas muita, mas muuuita água. A parada no posto foi cirúrgica, esperamos pouco mais de 30min até passar a tempestade e seguimos nosso caminho até São Gabriel, choveu pouco a estrada pouco movimentada colaborou, chegamos no hotel com céu estrelado anuciando que a chuva tinha se ido.

Na madrugada, outra virada, choveu quase a noite inteira, dando uma trégua só pela manhã, saímos com tempo nublado, e temperatura amena, até Rivera, pelo menos sem chuva, demos uma acelerada e acabamos chegando 13:00 no hotel Uruguay-Brasil.


A estrada em geral está legal, o trecho entre Rosário e Livramento está, digamos assim, meia-boca, mas nada que comprometa a viagem.




Chegamos no hotel, deixamos as malas e saímos para as compras. Quem visse tudo que estávamos comprando jamais imaginaria que estávamos de moto, o Dólar baixo em relação ao Real e a zona de free shop faz de Rivera um paraíso para quem procura pincipalmente bebidas e perfumes.

Em algumas lojas presenciamos um fato curioso, como estávamos usando camisetas da Harley, as pessoas perguntavam se nós éramos da turma de Harleys que haviam chegado hoje no começo da tarde. Às vezes a gente não tem noção do efeito que produz um grupo de motos chegar numa cidade no interior. Um dos caras chegou a mostra uma foto de um grupo de BMW que havia passado por lá na outra semana.

16:00 estávmos prontos (nada como a objetividade masculina para compras..hehe), porém cansados e sedentos. Como não tinha água por lá, tivemos que beber Patrícia e Zillertal mesmo. Que problema!!.



Após a tradicional parillada da noite, desta devez fomos em duas, começamos na La Picaña e paramos no Bar Americano na frente do hotel. Fica aqui uma dica, a La Picaña que fica também na Av. Sarandi é muito boa, estava lotada, comemos um vazio espetacular.






No outro dia de manhã, 6:30 o Marcelo acorda todo mundo, claro, afinal tinha o jogo do Inter à tarde e ele não queria perder. Prendemos as coisas nas motos tomamos um café e 8:30 fomos para a estrada, tinhamos exatos 500km para percorrer.



A volta, fora a doideira do trecho de Livramento a Rosário a 140km/h, foi muito tranquila, sem incidentes ou acidentes, paramos para lanchar no trevo de Cachoeira, desta vez, nada de refeições pesadas pra não dar sono, só que não teve jeito, tivemos que parar um pouquinho mais.




Tivemos ainda a oportunidade de uma paradinha na ponte do Guaíba pra esperar uma embarcação passar. Era o anúncio que estávamos de volta a Porto Alegre.



Mais uma vez, uma grande viagem, com uma grande parceria, A próxima vamos para o Uruguay de novo, só que mais longe, desta vez para Montevidéu em Julho, hasta la vista!!