domingo, 15 de fevereiro de 2009

Missões, impossíveis

Nunca faltam alternativas para se andar de moto, estamos sempre procurando roteiros, lugares interessantes que ainda não fomos, não só aqueles que dá pra se fazer no mesmo dia, mas também aqules que é necessário mais que um dia para fazer.

Fazer uma viagem de dois dias para as bandas missioneiras era uma idéia antiga, que não tinha acontecido ainda, São Miguel fica a 490km de Porto Alegre, dá pra fazer em dois dias tranquilo, visitar as ruínas, curtir a estrada e dar as boas risadas de sempre.


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Saímos na sexta com para passar a noite em Passo Fundo, apesar da saída agitada de Porto Alegre no final da tarde em função do fim-de-semana, logo percorremos o trecho de 290 km e chegamos no hotel.

No dia seguinte foi levantar e aproveitar o baita dia de sol para curtir a estrada.

Curtir a estrada?

O descaso com estradas aqui do RS esta cada vez maior, a BR-285 até Carazinho, onde as estadas estão sob o cuidado de um concessionária, e por isso pedagiadas, foi tudo muito tranquilo, logo que acabou o trecho concedido, foi possível notar que teríamos problemas, o trecho até Panambi onde recém fizeram uma "meia-sola" está razoável; de Panambi até Ijuí, sofrível; depois disso até Santo Ângelo, horrível! Considero este trecho perigoso para motocicletas. Buracos, e não menos pior que isso, aqules sulcos no asfalto formados pelo tráfego intenso de caminhões, cercados por salîencias e imperfeições as quais carinhosmente chamamos de "cucurutos", tornam a banda uma aventura perigosa para qualquer tipo de motocicleta.



Numa das paradas para abastecer, o Douglas que estava a fim de dar uma volta na minha viatura para ver como é que era, resolvemu trocar de moto comigo. Foi então que eu entendi que ele porque ele estava reclamando de tanta dor na bunda. Além da Sportster low ter a suspensão traseira mais baixa, a moto do Douglas estava com um banco solo que parecia de madeira, além de um guidão mais alto. Isso deixa a moto muito bacana, estilosa, "bandida", mas se perde muito em conforto e dirigibilidade para uma banda mais longa. Nos 15 km que pilotei a moto dele, praticamente pulei num "cucuruto" na estrada, perdi o controle da moto e quase caí.



Passado o sufoco em seguida saíos da estrada maldita e chegamos na entrada de São Miguel das Missões.



Em São Miguel das Missões localiza-se o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, onde estão as ruínas jesuítas da antiga redução de São Miguel Arcanjo. Foram declaradas Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1983.



Estava muito calor, logo que estacionei a moto e fui procurar um banheiro, na entrada do parque, uma senhor me chamou para assistir um vídeo que era uma reconstrução em computação gráfica das ruínas ilustrando como era a vida naquele lugar. Educadamente, não quis negar o convite e fui até a sala onde seria projetando, para mimnha surpresa, se na rua estava uns 35 graus, naquela sala com ar condicionado estavam agradáveis 20! Não aguentei, pedi para esperar 2 minutos pra inciar a projeção e fui chamar a gurizada. Do vídeo de uns 10 minutos eu devo ter assistido uns 2 antes de puxar uma soneca...

Fomos para o parque..




Eu, pessoalmente, gosto de história, museus e coisas do tipo, fico horas observando detalhes e imaginando como eram as coisas em outras épocas. Principalmente no Brasil espanhol que foi o nosso Rio Grande do Sul. "Os primeiros jesuítas chegaram à região em 1609 para converter os índios guaranis ao cristianismo e garantir a navegação pelos rios da Bacia do Prata, dificultada pelos indígenas. Conquistavam a simpatia local e usavam sua mão-de-obra para edificar as reduções, ou missões. A estrutura era a mesma: pátio central que unia as casas de padres e de índios e as oficinas. E a vistosa igreja. Eram centros urbanos que faziam frente às cidades da época. Entre 1680 e 1730, quase 150 mil pessoas viveram em trinta reduções jesuíticas. Cada uma tinha um grupo de três padres, orientando até 6 mil índios. Sob a tutela dos jesuítas, os guaranis desenvolveram uma cultura quase auto-suficiente, paralela à dos colonos portugueses e espanhóis. As reduções passaram a declinar a partir de meados do século 18, quando os guaranis foram atraídos pelas cidades coloniais." (viajero.com)

Precisávamos sair dali antes que entardecese, pois pegar a noite na BR-285 seria morte certa.

A idéia era passar a noite em Marau, ao lado de Passo Fundo, pela manha vimos muitas motos inda para aquela direção, pois havi um encontro lá neste fim-de-semana, porém já perto de Carazinho, decidimos voltar direto para Porto Alegre, pena que decidimos tarde, pois poderíamos ter pego um outro caminho voltando por Cruz Alta, que além de mais perto a estrada era melhor.

Tivemos que passar por Bom Retiro do Sul na casa do Douglas para pegar uma mochila, aproveitamos mais uma vez para filar a bóia da Dona Mari e o Seu Caberlon, como sempre, simplesmete espetacular!



23:30 voltamos para a estrada e após uma parada para abastecer e tomar alguns cafés e red bulls, nos despedimos e tocamos para Porto Alegre.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Churras em Bom Retiro do Sul

OK PESSOAL, ACABARAM AS FÉRIAS E AGORA VAMOS COMEÇAR AS ATIVIDADES DO BLOG DE NOVO!!

Até que enfim saiu o tal churrasco em Bom Retiro.

O tempo esta aquele típico de verão, podia chover muito ou pouco a qualquer hora em qualquer lugar. Imprevisível, ao mesmo tempo nublado e com um sol de rachar. Apesar de alguns na noite anterior pensarem em desistir, no sábado às 9 e poucas estavam lá no mesmo-bom-e-velho-posto-BR-de sempre.

Pea primeira vez, saímos com um carro de apoio, a Lu e a Dani foram de carro levando jaquetas, mochilas, frasqueiras, etc.



E fomos para a estrada!



No outro posto BR perto da polícia em Tabaí, conforme combinado encontramos o Luis e o Rogério que tinham vindo de Santa Cruz. Não havíamos feito um evento com tantas motos.



Estavam por vir ainda o Bernardo e a Fram que logo chegaram a casa da Família Caberlon em Bom Retiro do Sul, as motos tomaram conta do jardim da casa. (Fran...cadê tua moto???)





Enfim o tão esperado momento solene, o churrasco assado pelo pai do Douglas, e os acompanhamentos preparados pela Mari, sua excelentíssima esposa, uma mesma farta, incluído o tão solicitado aipim com farofa pelo Marcelo.



Acho que nunca tínhamos feito um churrasco assim, com todos sentados à mesa, comportados, como são os churrascos em família aqui no Rio Grande.

Fomos até a barragem, aquela que estivemos tempos atrás e logo após começamos a nos dispersar, afinal a chuva estava vindo Luís e Rogério voltaram para Sta. Cruz via Lajeado, tomaram uma chuvarada memorável. Nós voltamos para Porto Alegre, pegamos uma garoa na saída, mas depois tudo tranquilo.

Foi um programa de família, alguns levaram esposas, filhos, formos recebidos pela família do Douglas, algo novo e diferente. O que podemos dizer é que foi muito agradável, algo que mostra que a paixão pelo motociclismo não é somente motos e estradas, mas também a possibilidade de compartilhar esta paixão com os nossos amigos e familiares.

Aos Sr. Caberlon e Dona Mari, nossa gratidão pela acolhida e pelo preparo deste domingo que foi muito legal.